A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú e aposentados do banco se reuniram nesta quinta-feira (19), em São Paulo, para debater o plano de saúde dos aposentados. Muitos aposentados do Itaú estão indignados com os valores abusivos do plano de saúde na aposentadoria, cobrados após cessar o período da manutenção da parcela de contribuição do banco, garantido na Convenção Coletiva de Trabalho. A questão foi tema de negociação no Ministério Público do Trabalho – com aposentados, representação dos trabalhadores, do MPT e do Itaú – no dia 3 de dezembro. Na reunião foi formulada uma proposta já enviada ao banco, que se reunirá com a representação dos trabalhadores em 13 de janeiro. “Os aposentados do Itaú estão indignados com os valores cobrados no plano de saúde, que estão inviabilizando a manutenção do plano no período em que mais precisam. Nossa expectativa é de que o banco avalie a proposta que construímos para solucionar esta questão e possamos trazer boas notícias para estes bancários no dia 13 de janeiro”, enfatiza Jair Alves, dirigente da Contraf-CUT e bancário do Itaú.
Confira abaixo todos os pontos da proposta:
1- Que seja garantido aos aposentados isonomia com os funcionários ativos, e os mesmos critérios de subsídios/custeio do banco Itaú Unibanco, da Fundação Itaú Unibanco de Previdência Complementar, Fundação Saúde Itaú, oferecido e praticado aos funcionários ativos;
2- Que seja garantido aos aposentados para efeito de assistência médico-hospitalar o Plano Especial 1, como primeira opção;
3- Que seja aplicado a título de reajustes na contribuição/custeio dos planos de saúde-hospitalares dos aposentados, o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e que os reembolsos de consultas e exames tenham os mesmos critérios de reajuste das mensalidades.
4- Que seja garantido aos aposentados, dependentes e agregados que se viram obrigados a se desligarem dos planos por impossibilidade de pagamento, o reingresso aos planos de saúde, nos termos desta proposta, estabelecendo-se um prazo de até 60 dias para adesão, a contar da assinatura desse acordo;
5- Que seja garantido aos aposentados que estão vinculados aos planos: Plano Básico, Plano Especial, Plano Executivo, Plano Executivo I, Plano Executivo II e Plano Premium, um prazo de até 60 dias, a contar da assinatura deste acordo, para migrarem para o Plano Especial I;
6- Que seja garantido aos aposentados à opção pela operadora Porto Seguro Saúde como a principal referência da promoção da assistência médico-hospitalar, por ser essa operadora contratada em 2012, pela Fundação Saúde Itaú, que oferece: “sua rede referenciada, composta por prestadores de serviços médico-hospitalares e laboratoriais, com objetivo de permitir aos beneficiários da Fundação o acesso aos serviços assistenciais de “saúde”, à nível nacional; ou outra operadora de referência em sua localidade geográfica, nas mesmas condições de atendimento e de preço. Que o banco e as fundações Saúde Itaú e Itaú Unibanco de Previdência Complementar apresentem a tabela atual dos custos e subsídios da Fundação Saúde Itaú;
7- Considerando que vários funcionários se desligaram do banco através do PDV, findando nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2024 o benefício do Plano Saúde, que seja prorrogado o PDV durante o período de negociação no MPT;
8- Qualquer reajuste nos planos de saúde, somente se aplicará, sem retroatividade, após esgotadas todas as negociações no MPT;
9- Os valores de contribuição que foram cobrados à maior nesses últimos cinco anos, deverão ser ressarcidos aos aposentados, corrigidos na forma da lei;
10- Solicitamos uma representação de aposentados no conselho da Fundação Saúde Itaú.
Fonte: CONTRAF
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