Sindicato dos Bancários de Mogi das Cruzes e Região
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HSBC começou a implicar por causa da barba
06/07/2016
Sem nunca ter interferido na aparência dos funcionários, banco britânico está surpreendendo com sugestões e ameaças; quem for vítima de pressão ou coação deve denunciar ao Sindicato

Depois dos bancários do Bradesco, chegou a vez dos funcionários do HSBC terem a paciência torrada por causa da aparência. Segundo denúncias, alguns gestores do banco britânico começaram a implicar com os subordinados que deixam a barba crescer.

“Os trabalhadores do antigo HSBC, agora Bradesco, estão surpresos e profundamente irritados que algo tão pessoal esteja sendo questionando por diversos gestores em agências e departamentos”, enfatiza Liliane Fiuza, dirigente sindical. “Parece até piada que uma empresa deste porte seja associada a uma prática tão arcaica”, acrescenta.  

Diante das reclamações, o Sindicato entrou em contato com o RH do HSBC, que ainda não se pronunciou.

Liliane ressalta que nunca houve qualquer questionamento em relação ao uso de barba, tanto em agências quanto em departamentos. “Parece contraditório que o HSBC confie aos trabalhadores a administração de seus clientes e a marca, mas não confie no seu discernimento ao cuidar da própria aparência. Aguardamos a manifestação formal do banco em relação a esse absurdo.”

Barba no Bradesco – O Sindicato travou uma batalha contra a proibição do uso da barba no Bradesco. A instituição não tomou posição oficial em relação a questão e não existe objeção em qualquer normativo, fato confirmado pelos próprios representantes do banco. Mesmo assim, funcionários vinham denunciando a pressão de gestores para que abandonassem o visual.

Os representantes dos trabalhadores, então, iniciaram campanha e cobraram as chefias desses locais sobre a ingerência na identidade visual dos bancários. A resposta tem sido positiva, com o compromisso de que não cabe qualquer proibição ou punição.

“O uso da barba é uma livre manifestação da identidade visual própria e deve ser respeitada. Quem sofrer pressão, discriminação ou punição deve denunciar ao Sindicato”, orienta Liliane.

A denúncia pode ser feita através dos dirigentes, pelo telefone 4724-9117 ou por e-mail. O sigilo é absoluto.

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